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28 de agosto de 2011

"A gente tem que acreditar. Ninguém precisa saber no que você acredita, mas você precisa ter fé em alguma coisa. Conheço muitos que não acreditam em Deus, mas acreditam em si mesmos. Tem um montão de gente por aí que acredita em ETs e discos voadores. Bitolados? Não sei. Eu particularmente nunca vi um disco voador e não pretendo ver um ET. Mas respeito quem acredita.
Tem gente que acende incenso, vai em tempo budista, faz jejum em datas especiais. Tem gente que promete não comer carne vermelha e não beber. Tem gente que diz que vai parar de fumar. Acho que a crença é importante para a nossa sobrevivência. Deve ser difícil e vazio não acreditar em nada.
Eu acredito que é importante a gente aprender a dizer não. Toda a minha vida eu disse sim.  "Sim, eu faço." "Sim, eu cuido." "Sim, eu assumo." "Sim, eu me rendo." "Sim, eu aceito..." "Sim, eu levo." "Sim, eu busco." E isso só me fez mal. Já fui usada, já fui traída, já fui negada, já fui rejeitada, já fui humilhada. Já fui um pouco de tudo.
Ninguém tem o direito de invadir a nossa vida. Apontar o dedo na nossa cara. Dizer o que devemos fazer. Pedir coisas, exigir outras tantas. Ninguém pode nos dominar, nos possuir, nos esgotar. É injusto. Mas a justiça, ou melhor, o senso de justiça, o quero-ou-não-quero quem define somos nós.
Eu aceito que você faça isso, eu não aceito que você faça aquilo. Crianças, por exemplo. Tem muita criança que faz birra, se joga no chão, grita e diz eu-quero-me-dá. Nunca fui assim, pois meus pais não me educaram dessa maneira. Acho um absurdo criança que dá um tapa na cara do pai ou da mãe. Acho um absurdo maior o pai ou a mãe que aceitam esse comportamento e dizem "ah-de-vez-em-quando-ele-fica-nervoso." "Ah-ele-tá-com-sono." Não gosto! Tudo tem limite. Até o amor.
O amor vai até onde a gente aguenta. Até onde o nosso sim resiste e permite. Hoje eu não aceito muitas coisas. Digo não no trabalho, digo não na família, digo não na amizade, digo não no amor. E não sou mais ou menos legal por isso. E não amo mais ou menos por isso. A gente tem que estar bem certo daquilo que quer ou não quer. Do que faz bem ou não faz. Antes, eu preferia ver o outro bem do que ficar bem. Agora eu quero pensar nas coisas que realmente me fazem bem.

Hoje eu quero estar rodeada de sins. Mesmo que pra isso eu precise dizer muitos nãos."

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